Sábado, 25.06.05
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Sábado, 25.06.05
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Sábado, 25.06.05
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Sábado, 18.06.05
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Sábado, 04.06.05
Gonçalo Cadilhe - Gestor, Surfista, Escritor ou das três duas,
pois ele "precisou de uma Licenciatura em Gestão de Empresas e de sete meses a picar o ponto para compreender que não tinha percebido nada da vida: Tudo o que lhe interessava se encontrava na direcção oposta.Despediu-se do emprego, da família e do país e começou a viajar e a escrever."
Penso que Surfista Escritor será o mais adequado.
Neste livro são recolhidas crónicas semanais que Gonçalo Cadilhe foi escrevendo e publicando no jornal 'Expresso' e na SurfPortugal ao longo de dezanove meses, enquanto viajava à volta do mundo, sem recorrer a transporte aéreo. No entanto, o resultado final não é uma simples colecção de experiências de viagem.Para lá de todas as peripécias do itinerário ou do contacto com sociedades exóticas, o viajante aborda questões tão diversificadas como a distorção das práticas de cooperação internacional, a indiferença cívica e activista dos portugueses ou a dívida histórica do capitalismo em relação à América Latina."Planisfério Pessoal" é ao mesmo tempo profundo mas divertido, informado mas despretensioso, crítico mas optimista, confessional mas reservado. E, fundamentalmente, um convite à viagem, à partilha da viagem e, de um modo geral, a desfrutar da vida de uma forma intensa e deslumbrada. O texto base que faz este volume de literatura de viagens já foi publicado durante muitas e muitas semanas nas páginas da revista do semanário Expresso.Não é por isso total novidade mas uma garantia se pode dar, lê-se como se fosse a sua primeira vez. É que o autor recuperou todos os textos, aparou, melhorou, cortou e acrescentou - ou seja, editou-os - mas agora sem estar à distância de milhares de quilómetros e não submetido à ditadura do condicionamento de espaço como decorre do grafismo do jornal.Gonçalo Cadilhe efectuou ainda uma selecção de fotos das regiões e factos que mereciam ter imagem numa separata a cores, incluída no meio das páginas, e destacou pequenas histórias para complementar as restantes.O título que escolheu para este livro é especialmente feliz. Além de conter a beleza de duas palavras muito caras aos viajantes, chamá-lo Planisfério Pessoal é, ao mesmo, tempo uma metáfora e a realidade do que viveu naqueles dias pelo mundo fora.Ao regressar a Portugal, ele tinha o seu próprio desenho de mapa mundo - que nesta edição aparece impresso numa página dupla branca, com o contorno dos continentes a negro e a rota feita - como se fosse uma réplica de uma carta quinhentista, mostrando aquilo que foi (por ele) conhecido.A viagem ao redor do planeta que se conta neste Planisfério é, também, feita de muitos perguntas e sentimentos.Na página 54, por exemplo, Gonçalo Cadilhe questiona-se sobre "viajar para quê?"As respostas, que vinham a ser dadas desde a primeira página, acompanham o correr da escrita com exemplos da natureza com que ele se confronta, ou o cruzar com outros viajantes, em locais inesperados e inóspitos.Na página 45, a questão toca a dificuldade de racionalizar a ânsia de se estar a desaproveitar muito do que é oferecido.Enfim e para resumir num parágrafo a matéria de 300 páginas, digamos que o autor dá-nos a opinião e as visões que nos esclarecem o estado da Terra e dos seus habitantes, humanos, animais e naturais. E deixa-nos de água na boca! Boas Ondas
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